Amor exilado
Sob o turbilhão da tempestade,
A discussão irrompeu veloz,
A cada adeus, o amor já se esvaía,
E a casa, em ruinas, sucumbiu feroz.
Não restou resistência ou súplica em vão,
Apenas destruição do amor, sem razão,
Em um declínio profundo, banhados em dores,
Corações dilacerados.
No ato final do desamor,
Roupas e livros em pilhas amontoados,
Exalando os últimos suspiros, em tormento,
O fim desse amor, foi cruelmente selado.
Curiosos vizinhos, atônitos e em pranto,
Aquelas cenas observavam,
Carregando os fragmentos de um sonho desfeito,
Porta afora e sem direito, o amor foi exilado.
Havia pressa em fugir daquela agonia.
Envergonhado, soluçando, coração pesado,
Em busca de novos horizontes, um novo amanhecer,
Talvez um dia, havendo perdão, esse amor volte a renascer.