Sofrência

derrama em meu peito

o suor desta amarga sofrência,

é como perder quem nunca tive,

amei com desejo perene e voraz

e apesar dos desenganos,

afago a dor com resiliência,

só agora nesta infiel madrugada,

o leito transpira e meu peito suspira

embriagado no vazio do soluço,

o amor, este devaneio sagaz,

animava o meu espetáculo,

um cinema mudo,

parece que só eu sorria,

e me via nesta história encantado,

o tom acinzentado da tela

era minha novela,

meu romance embotado.

DestinoPoesia
Enviado por DestinoPoesia em 09/07/2024
Código do texto: T8103474
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.