LAÇOS DE CETINS

Uma luz tênue de candieiro

Tremulam sobre a Lareira

Meus pensamentos sem eira e nem Beira

A buscam entre tantos momentos

Coisas que não cicatrizam

Nem com folhas de unguento.

Ali,no cantinho da cama

Onde incendiaram nossa chama

Seus sedentos lábios cárneos

A roçar meus rígidos desejos

Eriçam ainda meu pensar

O seu gozo, o seu jeito do amar.

O aroma da sua púrpura

Nos meus entre dedos

A escorrer pelas nossas maliciosidades

Tatuam ainda meu ser

Este manifestar de te querer

Outras vezes tantas

Que somente você

Meus desejos acalantas.

Que a briza me traga você

Como Corbelhas de um Buquê

Em laços de cetins

Meu amor,meu bem querer...