Assim, como amam os loucos.
Saberia te amar como amam os loucos.
Teria rompantes como os têm os tolos.
Beijaria a trilha para suavizar caminhos
Buscaria a Lua para enfeitar teu sonho.
Saberia te decantar como se fosse um poema
Com todas as nuances de uma escrita fina
Ao invadir teus lábios com meus beijos quentes
Grudaria tua saliva a minha eterna euforia.
Saberia te amar como amam os loucos
E nesse meu amor que nunca foi pouco
Tatuar-te-ia versos com meu olhar líquido
Represando meu desejo por todo teu corpo.
E enquanto não te encontro nessa neblina
Trilho vias tortuosas da esperança
E me descubro refém de enganos
Já que te amar sempre foi insano.
Esta poesia é do ano de 1998.
Como não datei nem o dia e nem o mês
não poderia afirmar, com certeza,
se ela já completou 10 anos.
Uma vida.
E neste meu olhar líquido,
por essa trilha de esperança,
sempre muito e sempre insano,
meu amor, antes represa,
tornou-se um profundo oceano.