De todos os amores, apenas o de titia
Sempre que podia, fazia um de besta;
Não que ser ruim estivesse em seu gênio.
Há verdade é que, estivera por assim dizer, desiludida com os homens.
Chamava-se Constância da silva,
Mulher padrão, corpo escultural, tipo violão.
Não sabia o porquê tinha infeliz destino,
Quando conhecia alguém, acabara por desistindo.
Era como que enjoasse dos mesmos discursos e aproximação
Esgueirava-se de tamanha falação;
Constância de que?, perguntavam
E seus gostos?, E seu trabalho?
Quanto mais perguntas faziam
Mais o papo lhe afastava;
Também poderá, tinha traumas
De não dar certo com ninguém
Já foi amigada com um sujeito
Acabou sem um vintém;
A mulher já não acreditava
Nas conversas do amor,
Toda vez que ouvia algo
Passava mal de tanta dor,
Dor no peito, aperto na alma
Entregar-se não ia mais,
Declarar o que sentia
Somente para quem lhe apraz;
E foi com estes pensamentos,
Que acabou ficando pra tia,
Dando aos sobrinhos amor,
O afeto que podia;
Também não pudera ficar triste,
De todos os amores do mundo,
Este amor lhe pertencia
Afinal, não há amor mais puro
Do que o amor de uma tia;