DESPISTAR

DESPISTAR

toda explosão que ramifica meu cérebro

recentes partículas poesias transcendem

[transcendem poemas aroma orvalhados]

nascendo universos a cada momento seu

as existentes poesias e as que vão existir...

neste universo maior dentro desse amor...

enchi meu olhos com água dourada...

com cinto na testa pro escalpe não cair,

voávamos rápidos até os olhos sumirem...

um sinto de bilhões de olhos 'despicavam'...

seu corpo todo 'fosforescia'...

suas asas fosforescentes fosforesciam...

um estrondo galáctico, nuvem cintilavam,

venciam todas barreiras as mais altas...

num momento perdia o que encontrava,

por um momento meu eu me tomava...

sombras passadas me tateavam...

o véu rasgava...

o véu, permanentemente, rasgando...

sussurrei em seu ouvido de pelúcia:

- suas íris, poderosas íris...

- suas meninas são musas...

- seus olhos têm poder...

- sim; seu poder é poder domina

segurei forte sua mão diamantada

aquela boca inabalável não tremia

uma luz de lazer azul em sua boca

leve como dente-de-leão me levou

num refúgio de sua cristalina alma

deitei em plumas macias de luzes

na maciez de seu canto elevei-me

mergulhei nas chamas de tua pele

seus lábios eram orvalho cristalino

sem ter cede não parava de beber...

Eu vivi hoje você e todos os dias

Desde quando querida te conheci

Todos os dias meu amor eu viverei...

Igual as flores...

Jorge Cunha
Enviado por Jorge Cunha em 01/07/2024
Reeditado em 04/08/2024
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