Por onde anda seu sorriso?

Ah, ah, ah, como dói

Mais um dia que se vai

Minha dor não sai do lugar

E estou a correr atrás, uaiuai!

Saudade me corrói

Como faca afiada, dissecando

As veias da alma, roubando

A calma a qual molhava os seus

Beijos, dados com tamanho ardor

Nasce outro dia, um novo amanhecer

E a solidão não dá trégua, permanece

Não sai de mim, nem por um instante

Não diz nada, mesmo calada, me faz sofrer

Num silêncio que arrebata meus pensamentos

Sem me esquecer de você, por um só momento

É essa ausência sua que me faz gemer

Chamando em prantos, sem ouvir respostas,

Um dilema, é a minha espera,

uma quimera de devaneios, que

Não traz você a mim

Não me deixa partir

O que quer?

Rir de mim?

Ah, lembre o quanto lhe quero

Meu coração estremece ao ouvir seu nome

Meus olhos em lampejos, se consomem com o

Desejo de encontrar os seus

Por onde anda o seu sorriso

Seus olhos, a luz de que preciso

Minha razão, o brilho que me encanta

Os passos que me guiam?

Vem para junto da sua donzela

A que dizes ser, entre todas, a mais bela

Que tem seu coração em suas mãos

Mas teme que a distância torne-se em um vão imenso

Capaz de separar nossos corpos,

Nos envolvendo em muitas mazelas

Nos deixando aprisionados, como em “celas”

Vem, e sela esse amor incontido

Que jamais por maldito seja tido

E que ouçam como sussurros nossos delírios

Ecoem como sinos os gemidos e gritos,

Reluzentes como ouro no infinito

Do mais puro e leal amor.