CZARINA
Lisura, brandura, maciez
Folha primaveril, o fruto!
O olhar de Eva que reluto
A sede por teus lábios, a febre pela tez!
Álgidas safiras, opalas, turmalinas
Onde andam o olhar dos pecadores?
Os suspiros já não jazem, os ardores,
Senão pelo fogo das Czarinas!
Dizei Teu nome! O vento sopra poesia!
Deixai que ele declame minha covardia
Minh'alma se esconde nos refolhos...
Choram tristes os pássaros encarcerados...
Diminutos corações! Pequenos os seus brados!
Maiores seriam, como os meus,
Se a saudade do azul fosse a saudade dos olhos!
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Observação
1 - “saudade do azul” - Se refere à saudade dos pássaros pelo céu azul
2 - “saudade dos olhos” - Se refere à saudade do homem pela Czarina (seus olhos)