CZARINA

Lisura, brandura, maciez

Folha primaveril, o fruto!

O olhar de Eva que reluto

A sede por teus lábios, a febre pela tez!

Álgidas safiras, opalas, turmalinas

Onde andam o olhar dos pecadores?

Os suspiros já não jazem, os ardores,

Senão pelo fogo das Czarinas!

Dizei Teu nome! O vento sopra poesia!

Deixai que ele declame minha covardia

Minh'alma se esconde nos refolhos...

Choram tristes os pássaros encarcerados...

Diminutos corações! Pequenos os seus brados!

Maiores seriam, como os meus,

Se a saudade do azul fosse a saudade dos olhos!

=========

Observação

1 - “saudade do azul” - Se refere à saudade dos pássaros pelo céu azul

2 - “saudade dos olhos” - Se refere à saudade do homem pela Czarina (seus olhos)

André da Costa
Enviado por André da Costa em 29/06/2024
Reeditado em 01/07/2024
Código do texto: T8095999
Classificação de conteúdo: seguro