ORIENTE
Te vejo nas cores cintilantes
Que colorem o dia
Na insônia volúvel
Da noite realista de lua cheia
Na flor do desejo
Na esperança do beijo...
Te respiro no vão da sua cama
Até os meus batimentos acelerados
Se curvarem diante do teu jeito
Na forma harmoniosa do oriente
Meu ar é profundo e limpo
Até minha alma se desfazer.
Te percebo na imagem do céu
No fundo do mar
Delirante e suspenso pelo infinito
Na alma mais bela
Do mundo das partículas
Repartido no meio da boca.
Te Interrogo na fundição das estrelas
Na observação da aurora
Em meio de montanhas
Há milhões de quilômetros
Na baixa atmosfera
Com a sua feroz resposta
Abaixo a cabeça:
No caminho indeciso
A arte é arte
Teus olhos não me enxergão
Sou o quadro antigo
Observando o tempo
Eu te projeto de longe
No clímax do oriente!