Rosas
Ah... As flores que plantamos!
Viraram mares... De mil cores!
Seu perfume imenso será eterno
E seus espinhos, ultrapassados
Que curiosa é a saudade...
Pedra e alavanca dos grandes amores
Somos dos séculos
Nobres ou revolucionários
Retalhos e entalhes na escrita das eras
Onde existe beleza e desafio
Folhas, pétalas
Tapetes e botões
E se a mente assusta e confunde...
O coração não deixa errar!
Fizemos das matas brilho e orvalho
Lágrimas, clamor, cânticos
Vimos a fragilidade da perfeição
Somos céu e liberdade para elementais
Cada passo é destino, é além
O saber é mais do que vitral...
É estepe pronta para o desfile
Aplausos, cestas e frutos
É presença a desatinar distâncias
Preparamos a Terra para que ela derrote a ganância
Combatemos os tolos arbítrios
E flutuamos agora
Entre certas perguntas e várias respostas
Tudo depende dos magos e sentinelas
Deitamos em reflexão
Vendo a roda gigante cessando seu girar
As nuvens estão em nossas mãos
O horizonte encanta e convida
A vida é bonita do alto das árvores
E no chão a caminhada acontece
Simples e renovada
Um raio por um momento traz estranheza...
Sobre as roupas e os modos
Piscamos os olhos e vemos...
Ainda conseguimos bailar!
Um bocejo revela o sono
A breve pausa para o sonhar
Realidade, lembrança
Todos juntos, de novo
Para o Sol daqui a pouco acalentar
Enquanto o Bem aos poucos vai sendo colocado em seu trono
A valsa vem abraçar
Aplacando as dores da alma
A ancestralidade é vidente
A esperança vive e luta
Onde a poesia é clara e possível
Venham mestres da história!
Nós os convidamos!
Abaixem as armas e contemplem o doce sabor!
Ousem celebrar nessa ciranda de auroras
E aos poucos resgatem a paz e a filosofia
Cada passo, humano e belo, é uma luz
E cada tropeço, faísca para uma criação
Eu sei, pois presenciei e reconheço
Somos sobreviventes de nossos próprios empecilhos
Abrigamos fadas e sementes
E inspirados por elas podemos progredir
Indo ao alto sem fugir dos abismos
Pois a caneta que recebemos ao chegar
É para escrever, prosperar!
Até um ano novo chamar
Nossos silêncios e ideais nos guiarão
Desbloqueando portais...
Superando curva após curva
Fortes em constância ou mutação...
Afinal, somos assim, infância, essência para a qual sempre podemos voltar