Tateio palavras na escuridão do quarto.

As horas dançam no tempo

e o passado se agiganta

sabendo que o futuro nunca vai chegar...

À meia-luz o verso chora nas linhas vazias...

Ouço o grito da alma calada...

insano o barulho silencioso

- como um trovão -

a luz apagada - como dói -

o olhar mortiço e parado...

e a réstia de escuridão

à sufocar o último respirar do coração...

 

23 06 2024