Palhaço do amor
Ao longo dos anos minha jornada seguiu,
As experiências fluíram e as dores em mim surgiram,
Mas eu tentava manter-me puro,
Feito a nascente cristalina de um rio.
Porém as experiências sempre me mostravam,
Quão vil pode ser o ser humano,
Eu que apostava no amor verdadeiro, vi traição e enganação,
Foram esses os palcos, onde meus amores desfilaram.
Cansados, meus olhos inocentes se refugiaram,
Abandonaram o romantismo,
Transformei-me em predador e,
Busquei o prazer pelo prazer.
No entanto, na vida tudo é incerto,
E meu coração novamente amou,
Foi a mais bela sensação,
Que um dia em mim brotou.
Nessa ilusão, eu a exaltei,
No topo dos sentimentos a coloquei,
Dediquei-me a ela, intensamente amei,
Do íntimo do meu ser, o puro amor emanei.
Mas ela era a astúcia, brincava com meu coração,
Enganava-me impiedosamente, abusava e me usava,
Sentia-se poderosa, seduzia-me por completo,
Fui cativo dessa paixão.
Agora meus olhos se abriram, despertei,
Mesmo dilacerado, coração despedaçado,
Afastar-me dela, eu consegui, essa foi a melhor decisão,
Por esse amor, sei que morrerei, mas palhaço dele, jamais serei.
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