Aceito A Força que Me Revira Suspiros

Se eu prometer dissolver esses mirantes

Me encontrará na casa em que naufraguei

Os restos da pele tão discreta, esse domicílio dúbio

Um exílio tão longínquo e corrompido pelo tempo

As areias do teu desperdício, fazem do meu corpo

Sua matéria inevitável e arriscam moldar-me

Correndo através do músculo até enfraquecê-lo

A poeira endurecida faz silhuetas vivas

Eu lamento o desentendimento

Essa fala quebradiça e interrompida

Entre os suspeitos e um culpa xamânica

Persuade a potência coletiva de expirar

Há desinteresse em mim, eu sempre confessei

Desprendo um corpo preso e um espírito

Que estende-se pela cidade assombrando

Cada os rosto que você crê me pertencer

Irrevogável, meu texto é intuir

Nesse teatro subjetivo purificarei

Os horrores conhecidos dessa terra

E definhar ao lado de tudo que um dia conheci

Na exata ocasião em que me cita

Me fascinando coercitivamente

Com o som dilapidado do seus lábios

Eu tenho a certeza de outro fim de mundo

A cada vinda tiraria todas as minhas crenças

Das mais cínicas até as mais irracionais

Quando você voltava, eu nunca acreditava

Até estar confinado entre o excesso

Essa ressureição é arrojada entre a boca de arco

Segurando o tempo com os dentes, instigando sabores

Trazendo a melodia com os dedos, indeferindo alvos

Essa noite serei mais do que um cantor, serei teu Orfeu...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 22/06/2024
Reeditado em 23/06/2024
Código do texto: T8091398
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