BALADA DO DESENCANTO
Se em algum dia distante,
a tristeza lembrar-te saudade
procure não esquecer um só instante
deste amor que por ti hoje sofro.
Não esqueças do ontem encantado
nas amarguras de um amanhã infeliz
e sorria entre lágrimas ao sentir
que o tempo não volta jamais.
Ao chegar no crepúsculo dos anos,
ao sentir o adeus em cada tarde
- prenunciando o fim de uma vida -
eu te peço uma vez mais em meus versos:
o amor na eternidade, querida!
Ipuã, 04/06/1968