Senhora Costa
Meu coração te celebra
para
que te jogues na minha ode
como o pomo se joga ao solo
e o peixe à rede:
em arômata de terra ou de mar.
Teus olhos de paralela plenitude,
povoados pela luz da alma e da vida,
igual é teu sorriso que ilumina como um dia.
Este risco que teu dorso dividiu
em brancas paragens
até uma fruta como maçã aberta.
És um sonho.
Em teu corpo se plasmou eras,
até formar a nata:
tua fina e firme forma feminina.
Além da luz estás ao meu ver,
pois de ti sai uma intensidade
como se fosse uma fonte.
Dentro de ti brilha uma estrela.