Déjà-vu de amor

É estranha esta sensação que repousa ora durante o dia, ora durante a noite, ora durante dia e noite, dentro de mim;

de sentir teu beijo, sem nunca ter me beijado,

do teu toque, sem nunca ter me tocado,

de tuas carícias, sem nunca ter me acariciado.

É o estranho mais doce, mais puro, mais verdadeiro que gosto de sentir.

É possível, amor?

Se me permite te chamar assim.

Não te assuste, mas sou capaz de apostar;

que tu ficas lindo sorrindo, sem nunca ter visto o teu sorriso,

que é doce vigiar teu sono, sem nunca sequer ter visto tu cochilar.

Perdão, amor; te chamarei assim.

Só pode ser o Amor, no seu Pretérito mais perfeito, que retoma de algum lugar, meio sonolento, mas cheio de saudade de viver aquele futuro do pretérito, que só ficou na vontade.

Daly Nascimento
Enviado por Daly Nascimento em 12/06/2024
Reeditado em 12/06/2024
Código do texto: T8084226
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