O Amor
O amor é um louvor em êxtase
Que cabe nos boçais corações.
Cada um o procura na loucura desenfreada
Cutucando a madrugada rogando uma prece confidencial.
Substancialmente, o amor é coisa de demente,
Pois quando alguém o encontra,
Não acredita que o encontrou e o abandona
No primeiro sinal de existência.
O amor, resolução de tudo, é basicamente
A nossa vontade de sempre procurar algo
Que não satisfaça as nossas vontades, pois se satisfazer,
Esqueça, não é amor.
O amor, que me perdoe o meu coração de idiota,
É a busca pelo inalcançável.
Mas esqueçamos essas definições sobre o amor...
O amor é o que sinto,
Uma vontade louca de deixar tudo para trás
E caminhar junto de uma pessoa pela busca
Da vida, pela busca de esquecer o que passou,
De não se preocupar com o futuro
E viver indelevelmente cada segundo desse agora
Tão precioso com os beijos mais ardentes,
Com a entrega mais verdadeira
Em prol da felicidade da pessoa que me acompanha,
Da pessoa que eu encontro sem nunca ter visto,
Da pessoa que conheci em menos de um minuto
E não se preocupar com o que todos vão pensar,
Se ela tem os olhos verdes,
Se tem a pele escura,
Se possui alguma consideração social,
Pois eu não tenho,
E se alguém se importar com isso,
Esqueça,
Já me perdeu pelo resto da vida,
E olha que a vida pode ser curta ou cumprida.
O amor...
É a minha saída mais rápida dessa vida sem graça
E, se ninguém compartilha das minhas concepções,
Perdoe-me,
Mas o amor, para mim,
É a minha vontade de viver em prol das leis intrínsecas
Que só um amor louco pode reger.