O Amor

O amor é um louvor em êxtase

Que cabe nos boçais corações.

Cada um o procura na loucura desenfreada

Cutucando a madrugada rogando uma prece confidencial.

Substancialmente, o amor é coisa de demente,

Pois quando alguém o encontra,

Não acredita que o encontrou e o abandona

No primeiro sinal de existência.

O amor, resolução de tudo, é basicamente

A nossa vontade de sempre procurar algo

Que não satisfaça as nossas vontades, pois se satisfazer,

Esqueça, não é amor.

O amor, que me perdoe o meu coração de idiota,

É a busca pelo inalcançável.

Mas esqueçamos essas definições sobre o amor...

O amor é o que sinto,

Uma vontade louca de deixar tudo para trás

E caminhar junto de uma pessoa pela busca

Da vida, pela busca de esquecer o que passou,

De não se preocupar com o futuro

E viver indelevelmente cada segundo desse agora

Tão precioso com os beijos mais ardentes,

Com a entrega mais verdadeira

Em prol da felicidade da pessoa que me acompanha,

Da pessoa que eu encontro sem nunca ter visto,

Da pessoa que conheci em menos de um minuto

E não se preocupar com o que todos vão pensar,

Se ela tem os olhos verdes,

Se tem a pele escura,

Se possui alguma consideração social,

Pois eu não tenho,

E se alguém se importar com isso,

Esqueça,

Já me perdeu pelo resto da vida,

E olha que a vida pode ser curta ou cumprida.

O amor...

É a minha saída mais rápida dessa vida sem graça

E, se ninguém compartilha das minhas concepções,

Perdoe-me,

Mas o amor, para mim,

É a minha vontade de viver em prol das leis intrínsecas

Que só um amor louco pode reger.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 08/01/2008
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