No alto, naquela paineira.
No alto, naquela paineira,
Sopram os ventos do norte.
Na copa daquela árvore,
Batem estes ventos, tão fortes,
Que suas folhas não voam
Por puro acaso, ou sorte.
No alto da minha paixão
Sopram ventos dos desejos.
Cá dentro, o meu coração,
Reclama se não te vejo.
E quase explode no peito
A esperar por seu beijo.
No alto da minha vida
Sopram as horas passadas.
Tantas noites de insônia,
Olhando as madrugadas.
Se não morri por amor,
Não morrerei, por mais nada.