ETERNAS LABAREDAS


Seus lábios nos meus
promessas selando,
deslizam lentos e sedentos...
São águas-emoções, jorrando
fagulhas-sensações.
São sentidos se encontrando
num ciclo continuado:
doces são os pecados
nos corpos ateus...

São beijos que ardem,
percorrendo a pele
em loucuras sãs...
São desejos que se abrem
em ânsias de toques...
Na entrega contínua
a nudez sem retoques,
em intensos afãs...

São torrentes de paixão,
abluindo sedentas
num leito em chamas!
É um amar sem limites,
prazer sem fronteiras
que devasta, derrama
uma aurora que ponteia
antes da hora,
em luas cheias!

É um renascer de vida,
quando em seu olhar
aflora o sempre sentir,
ao me ter nua...
E o meu, consegue decifrar
segredos e mistérios,
ao te tocar.
Só sua!
Votos renovados
em carícias,
afagos,
sonhos suados...

Assim percorremos o tempo
e mantemos viva, a fogueira
dos sentimentos.
Assim, seguimos adiante,
perpetuando momentos,
bordando anatomias,
sorvendo a borbulhante
taça de prazer
em enlevos-magias,
amantes...

Assim, somos cinzas do ontem
que se reaviva constante,
em qualquer hora...
Num lampejo do instante!
Assim, seguimos eternos
em noites-delírios
ou madrugadas santas,
almas cansadas,
no verbo conjugado,
continuadamente...

Até que, em calma,
plenos e serenos,
adormecem...
Corpos colados
se aquecem,
aqui, agora,
eternamente...
Até que,
novamente
despertem...



12/12/2007






Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 08/01/2008
Reeditado em 14/10/2009
Código do texto: T808066