DUAS ALMAS SEPARADAS
Onde quer que colocamos o que
nos embalou por tanto tempo, temos
que admitir, foi muito bem guardado,
que nós o responsáveis, acabamos esquecendo do local.
É tão tristonho mas, o fato, mais
fingido que o real, demonstra crueldade,
entregamos a sublimidade de um afeto,
aos cuidados do acaso.
O nosso tempo passou, muitas
manhãs surgiram como igual quantidade
de noites, muitos amores debutaram, e outros
tantos morreram, como o nosso que não
sabemos sequer, onde foi inumado.
A ocupação da dissensão e contrastes em nossas vidas,
é mais um daqueles casos que não teve o desvelo
necessário, imperou o "eu" de cada um, e não
o "nós" como é necessário...
Sopram os ares do verão, e com eles
sentimos o cheiro da saudade,
sem tardança o outono vai se aproximar,
e com certeza, vai anunciar o inverno
de duas almas separadas, como sempre faz...
A claridade rósea que ilumina no céu
na primavera, não sei se veremos...