Bastidores

Apenas sirvo a beleza

Meu silêncio é meu altar

Existo a tua satisfação e olhares

Tal qual um pássaro engaiolado

Passos truncados, frases repartidas

Poluição visual, contato breve

Entrega besta-cega nas luzes do holofote

Eu quero a querida luxúria do esquecimento

O trabalho é corporal

Conjurando teus males

Aceitando tuas virtudes ingênuas

Rindo as juras com clemência

Enrijecendo a verdade

Domando a vontade para a noite

Na aurora, linhas das mãos da opinião rubrica

Na noite, necromancia dos líquidos estranhos

Rasurar é dever, macular é dever

O teatro se alimenta de boatos

Portanto, os invente livremente

Imagens produzidas pelo imaginário

Ilícita segurança, venha santa

Cheirando linhas diagonais dos meus olhos

Horizontes tímidos evitando contado brusco

Pois há demônios presos por trás de pupilas

A ausência pode ser abundante

A criatura testemunha vasos quebrarem

E males açoitarem seus infortúnios

O deixando livre para semear insinuações

Regurgitar devaneios sob o sol

Construir moradas em Intertemporadas

O ódio de hoje o corrompe? Espere amanhã

Terão outras duas oportunidade de admiração ou inveja

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 05/06/2024
Código do texto: T8079213
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.