Bastidores
Apenas sirvo a beleza
Meu silêncio é meu altar
Existo a tua satisfação e olhares
Tal qual um pássaro engaiolado
Passos truncados, frases repartidas
Poluição visual, contato breve
Entrega besta-cega nas luzes do holofote
Eu quero a querida luxúria do esquecimento
O trabalho é corporal
Conjurando teus males
Aceitando tuas virtudes ingênuas
Rindo as juras com clemência
Enrijecendo a verdade
Domando a vontade para a noite
Na aurora, linhas das mãos da opinião rubrica
Na noite, necromancia dos líquidos estranhos
Rasurar é dever, macular é dever
O teatro se alimenta de boatos
Portanto, os invente livremente
Imagens produzidas pelo imaginário
Ilícita segurança, venha santa
Cheirando linhas diagonais dos meus olhos
Horizontes tímidos evitando contado brusco
Pois há demônios presos por trás de pupilas
A ausência pode ser abundante
A criatura testemunha vasos quebrarem
E males açoitarem seus infortúnios
O deixando livre para semear insinuações
Regurgitar devaneios sob o sol
Construir moradas em Intertemporadas
O ódio de hoje o corrompe? Espere amanhã
Terão outras duas oportunidade de admiração ou inveja