Rotina de porquês

Café com você hoje eu tomei sozinha

Vários caminhos nenhuma decisão, tudo bem

Não estar disponível, respeitar o processo

A jornada de sentir, respeitar e acolher

Sentei ao meio dia na varanda e um cigarro acendi

Agora não e a hora de tomar decisões

Observar os desejos, sem atitudes

Um dia de cada vez ate o fim

"Quem tem um porque enfrenta qualquer como"

Quem não tem nada se esvaece nos prazeres

Conto cada milímetro entre a razão e o coração

Me preencho de trabalho para calar a voz do ego

De oração em oração o tempo me mostrou

Fragmentos da historia ilusória de amor

Chorada entre as ruas da cidade do rebento

das lagrimas fiz café, da lembrança fiz a massa

O bolo que servi era amargo sem sabor

De quem se serviu tive pena e furor

Me espantei com o senhor que do amargo saboreou

Estendeu as mãos da esperança carregada de gratidão

Meu espanto se transformou em indignação

Quem é este que me acolhe com um sorriso vivo?

Que estando eu na fantasia de monstro retira meus botões?

Os normais, os comuns, gente como você, que entende a dor

e não julga o processo, amigos para a vida.

Kamradt
Enviado por Kamradt em 04/06/2024
Código do texto: T8078243
Classificação de conteúdo: seguro