Rotina de porquês
Café com você hoje eu tomei sozinha
Vários caminhos nenhuma decisão, tudo bem
Não estar disponível, respeitar o processo
A jornada de sentir, respeitar e acolher
Sentei ao meio dia na varanda e um cigarro acendi
Agora não e a hora de tomar decisões
Observar os desejos, sem atitudes
Um dia de cada vez ate o fim
"Quem tem um porque enfrenta qualquer como"
Quem não tem nada se esvaece nos prazeres
Conto cada milímetro entre a razão e o coração
Me preencho de trabalho para calar a voz do ego
De oração em oração o tempo me mostrou
Fragmentos da historia ilusória de amor
Chorada entre as ruas da cidade do rebento
das lagrimas fiz café, da lembrança fiz a massa
O bolo que servi era amargo sem sabor
De quem se serviu tive pena e furor
Me espantei com o senhor que do amargo saboreou
Estendeu as mãos da esperança carregada de gratidão
Meu espanto se transformou em indignação
Quem é este que me acolhe com um sorriso vivo?
Que estando eu na fantasia de monstro retira meus botões?
Os normais, os comuns, gente como você, que entende a dor
e não julga o processo, amigos para a vida.