A MOÇA DO ESPELHO
A terra gira… e gira.
Meu copo vazio
não vira.
Fecham-se as portas.
Noite escura
já passa de meia.
Equilibristas
pelas ruas vagueiam.
A silente aranha
tece sua teia.
E a moça bonita
reflete no espelho
sem nenhum pudor
sua beleza infinita.
Me encanto tanto
que em verso penso.
Procuro a rima e canto.
A moça do espelho gira… e gira.
Meu copo transborda
Derrama…
E vira.