PREMOME
Sinto-me inconsequente,
Ao tentar o que não deveria!
Ao oferecer o que não devia,
E perguntar, aquilo a qual não é-me conveniente.
E nas bordas no tempo,
Sois sim, a musa silente,
Mas apenas o sorriso se aplica,
Como a expressão são definidas,
Com poucas ou nada em palavras.
Este que é o meu silêncio perpétuo,
Que tem intensidade em eloquência,
Entretanto, não chego a convencer,
De que um poema meu sou eu,
Querendo num rompante, ser seu.
E nos braços da amante,
Ter ao longo dos anos,
As memórias póstumas,
Quando num breve instante,
Análogo de mim, começo a fazer.
É tão subtil, as variações de ti,
Porque desprovido de meus olhos,
Fico quando em minutos confronto-me,
Com os desejos de um ego que quer-te.
E que não entende a manifestação em si.
Não sei se és dominadora,
Num certo sentido do saber?
Ou se sem nada conceder,
Mostra-te como uma ponte,
A qual se torna distante de minha face.
Meus inscritos incompletos,
São a falta de um parte que se perdeu,
Pois ao não poder desfrutar de tua presença,
O amanhã virou neblina, e tudo que busco, se esvaiu.
Mas recordo-te alisando as madeixas,
Negras, e que de tão envolventes, deturpou-me,
Esta mente enlouquecida por uma essencialidade,
Sujeitou-me a ter um coração deveras demente,
Ao responder-te, sem ao menos conhecer o seu prenome.
Poema n.3.079/ n.50 de 2024.