PREMOME

Sinto-me inconsequente,

Ao tentar o que não deveria!

Ao oferecer o que não devia,

E perguntar, aquilo a qual não é-me conveniente.

E nas bordas no tempo,

Sois sim, a musa silente,

Mas apenas o sorriso se aplica,

Como a expressão são definidas,

Com poucas ou nada em palavras.

Este que é o meu silêncio perpétuo,

Que tem intensidade em eloquência,

Entretanto, não chego a convencer,

De que um poema meu sou eu,

Querendo num rompante, ser seu.

E nos braços da amante,

Ter ao longo dos anos,

As memórias póstumas,

Quando num breve instante,

Análogo de mim, começo a fazer.

É tão subtil, as variações de ti,

Porque desprovido de meus olhos,

Fico quando em minutos confronto-me,

Com os desejos de um ego que quer-te.

E que não entende a manifestação em si.

Não sei se és dominadora,

Num certo sentido do saber?

Ou se sem nada conceder,

Mostra-te como uma ponte,

A qual se torna distante de minha face.

Meus inscritos incompletos,

São a falta de um parte que se perdeu,

Pois ao não poder desfrutar de tua presença,

O amanhã virou neblina, e tudo que busco, se esvaiu.

Mas recordo-te alisando as madeixas,

Negras, e que de tão envolventes, deturpou-me,

Esta mente enlouquecida por uma essencialidade,

Sujeitou-me a ter um coração deveras demente,

Ao responder-te, sem ao menos conhecer o seu prenome.

Poema n.3.079/ n.50 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 01/06/2024
Código do texto: T8076388
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