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A vida sem amor! Que fracasso!

Não ter quem devotar este tesouro

Não sentir o calor dum abraço

Não possuir algo mais valioso do que ouro

Não enxergar-se nos olhos do semelhante

Não desejar a boca, o corpo alheio

Não possuir o calor no semblante

Tudo é cinéreo: monótono e feio

Mesmo assim, viver em paz

Sem amor, duvido quem seja capaz!

1996

Hélder Sena de Sousa
Enviado por Hélder Sena de Sousa em 01/06/2024
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