VÍCIO QUE NÃO TEM CURA
No silêncio da noite, tua imagem me visita,
Como estrela guia, ilumina meu pensar,
Em cada canto escuro, tua luz se agita,
E na vastidão do céu, só consigo te buscar.
Teu riso é o alvorecer que rompe a madrugada,
Tua voz, a melodia que o vento vem soprar,
Cada palavra tua, uma pérola encantada,
Num poema de amor que não canso de declamar.
Pensar em ti é um vício que não tem cura,
Uma canção que na alma insiste em tocar,
Cada nota, cada pausa, em mim
perdura, E te traz de volta, na maré a me embalar.
Quando a aurora vem, com seus dedos de luz,
Ainda te encontro nos versos que vou tecendo,
Esperando que surjas, suave e sedutora musa,
Para dar vida ao poema que só tu vais completando.