POR TODA ETERNIDADE

No rasgar do ventre da manhã
que abortou a noite,
as ondas silenciam
e lambem as pedras e
seu sal marinho.
Sal de amor purificado
resguardado
na amargura do sepulcro
onde deixaste o meu coração
condenado,
amarrada imagem de Prometeu à sua pedra,
e tu,
tu a águia a bicar-me noite e dia
por toda eternidade.



Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 07/01/2008
Reeditado em 07/01/2008
Código do texto: T807530
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