Boêmios

Calças compridas e seus costumes

boêmios que nunca nos falastes de amor

Hoje a saudade liberta, amanhã você se apaixona outra vez

A saudade que aperta, magoa

boêmios, amigos ou companheiros

de costumes e andanças

Bons tempos e nós aqui a sós!

Deveria voltar amanhã...

e colocar seu perfume

Dizer amor e prosa e poesia

Despedida

Parti carruagem fúnebre, ao meu lado

o luto negro, esvaíram-se pelo ar

aconcheguei-me junto dela os cravos

na palidez, o silêncio a camuflar.

Despi as rendas, arrebentei as tranças

o luto negro, era só o vestido

fecha teus cabelos, o toucado, cigana

o rosto chora, o coração ferido

Levou-me à noites estes cabelos negros

à boêmia, toque de pandeiros...

em vilas, e luas, amigos de becos,

agora é corpo frio, no cativeiro.

Lanço na mesa a estrela d'alva,

busco o cigano, queimo a vela

traga a mim, ó alma abandonada!

Faz nesta hora, despedir-me nela.

SabrinaSol
Enviado por SabrinaSol em 29/05/2024
Código do texto: T8074303
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