PRELÚDIO E RÉQUIEM DO AMOR EXILADO
Amores não realizados são eternos.
Abandonados pelos que não se sabem amados,
Latejam como tumores não curados;
Feridas não cicatrizadas de corações enfermos.
Amores eternamente não realizados
Deixados pelo caminho, equivocados;
Prelúdio e réquiem de quem, coração consorte,
Grita o nome da amada no campo da morte.
Eternos amores não realizados,
Prolífico em dores é extrema-unção
Antes do último sopro da solidão.
Triste sina do amor exilado,
Pobre vida em dor mutilado,
Bela forma, enfim, de morrer.