O AMOR E A BATATA ASSADA (Poesia Livre, Set 2011)
O amor é maravilhoso, mas não se assa,
Batata ao forno é divino, mas não exprime
sentimentos, avança no calor da alma,
Vira pura ternura, uma assinatura
que esfria gradualmente, como lava
de vulcão a expelir rocha derretida,
Entretanto, aos poucos, endurece e vira
pedra,
Por amor essa paixão se lança ao lume,
com desejos de arder e queimar, para
perdurar as impressões e não perder
a sensibilidade,
Se a significância do amor é calor,
quero ser o sol, um vulcão em erupção,
ser a luz incandescente que ilumina
o vazio, ser a batata assada, ficar quente,
morno, frio. Por fim, ir ao forno várias
vezes ao dia,
Por que amor é como ter asas, é assim que deve
ser, bom e cheio de brasas.