Flores do Silêncio

Entre as lápides frias e o silêncio,

Florescem pétalas de saudade e dor,

Memórias sussurradas pelo vento,

Em um jardim de eterno dissabor.

As flores do cemitério, solitárias,

Guardam segredos de um passado vão,

Sob a sombra das árvores centenárias,

Lembranças de um coração em vão.

Cada flor sobre um túmulo descansa,

Testemunha de lágrimas e adeus,

Num ciclo de perda e esperança,

Emoldurando a dor dos dias teus.

No crepúsculo de um dia sombrio,

As flores murmuram lamentos do além,

Entrelaçadas em um triste fio,

De histórias que jamais vêm.

Florescem para os que não voltam mais,

Embelezando a morada final,

Marcando com cores o que jaz,

Num retrato de tristeza imortal.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 26/05/2024
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