PERFEITO DESTINO

Eu leio para enxergar novos cenários,

Deixar a alma seguir seu propósito,

Em seu mais que perfeito destino,

Para encontrar em si mesmo,

A pureza da definição da escrita.

E confessar que sois uma chama divina,

A expressão das festividades da aurora!

Exalando os eflúvios dos vales secretos,

Onde sua perpétua juventude se mostra.

Diga-me em seu “Bom Dia”, o que escondes?

Se teu ser se distancia, mas é autêntica,

Ou se és uma veracidade frente ao oceano,

Que conversa inteiramente com a luz da lua?

Como podem os teus olhos serem repletos de evidências?

E transfigurar para o visível, aquilo que é invisível,

No qual se pode contemplar em vidraçarias nas Catedrais,

Os anjos que a nós são doravante manifestados?

Num repente, sou guiado, mesmo não querendo,

Para o lugar que despertar-me no amanhecer.

Não é-me aconselhável passar por onde ando,

Contudo, a voz em mim, instiga-me a fazer.

Onde se encaixa a insônia dormente,

Da qual não tenho, nem que quisesse?

Sustenha com os meus cortês verbetes,

Na esperança de que elas, de alguma forma, te satisfaça.

Veja como cantam os pássaros,

Como a poesia soletra os seus versos?

E terás a temática de seus dias,

Numa fonte inspiradora de seus mistérios.

Conceda-te escrever o que lhe vem à mente,

Dando-a o mais complexo benefício da dúvida.

Transcenda-te além do que se deseja,

Indo por palácios imortais que te preservam.

Enquanto vou rabiscando alguma história,

Que nem sei se sairá alguma vez do papel timbrado.

Mas que por sorte, a verei ser os traços de um escritor,

No qual se traduz por erudição, por trás de uma janela do silêncio,

Vista somente por aqueles cuja polidez os interrogam.

Poema n.3.077/ n.48 de 2024.

Declamado no Sarau Virtual Academia de Letras de Florianópolis em 26/05/2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 26/05/2024
Código do texto: T8072127
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