Amanhece!
Os céus chovem em demasia...
Encantos desencontrados
nos rastros apressados
de nossa vida apressada,
massapê de esperanças,
sentimentos emoldurados,
caminho da roça,
carinho da roça,
vem e vê, menina.
Os céus chovem em demasia...
Louvor matinal
sob a sombra dos pássaros,
entre os laços e ecos
de cada nossa oração.
O olhar que se atreve,
descobertas de nós dois,
mas já não somos nós, apenas,
eis os frutos,
eis a herança,
jardim regado pela Palavra do Rei,
Glórias somente ao magnífico Rei.
Cheiro de café
que amordaça nosso beijo
e inebria o coaxar de quem se esconde.
Os céus esbanjam infinito esplendor sobre nós...
Amanhece!