MEU RUMO

Olho à minha volta e contemplo sombras a me dizer adeus

Os acenos seus são o selo de antigas lágrimas caídas

São entradas e saídas dos castelos que ergui nos olhos teus

Dissipando breus da solidão, derrotada por nossas vidas!

Cada metro de chão que os quilômetros de nosso amor deixam pra trás

Me refaz o sentido mais profundo, a mais autêntica visão

Que me apresenta ao esquecimento, à dor que não volta mais

E me atraca ao cais seguro, onde adormece meu doado coração!

Então vislumbro todos os mares na luz de teu lindo olhar

E viajo feliz ao som de gaivotas, que cantam para o embalo de nosso amor

De mãos dadas, em direção ao sol, sobre águas rumamos a caminhar

E nos tornamos uma mesma luz, átomos de um mesmo ardor!

O fim do caminho ignoro, talvez seja o céu do teu sorriso

Se tudo que preciso é de paz e alegria, nas veredas desse norte

Ando forte, crendo no eterno vigor desse infindo paraíso

Onde eu te pesco e me fisgo, onde jamais haverá morte!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/01/2008
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T807198
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