MEU RUMO
Olho à minha volta e contemplo sombras a me dizer adeus
Os acenos seus são o selo de antigas lágrimas caídas
São entradas e saídas dos castelos que ergui nos olhos teus
Dissipando breus da solidão, derrotada por nossas vidas!
Cada metro de chão que os quilômetros de nosso amor deixam pra trás
Me refaz o sentido mais profundo, a mais autêntica visão
Que me apresenta ao esquecimento, à dor que não volta mais
E me atraca ao cais seguro, onde adormece meu doado coração!
Então vislumbro todos os mares na luz de teu lindo olhar
E viajo feliz ao som de gaivotas, que cantam para o embalo de nosso amor
De mãos dadas, em direção ao sol, sobre águas rumamos a caminhar
E nos tornamos uma mesma luz, átomos de um mesmo ardor!
O fim do caminho ignoro, talvez seja o céu do teu sorriso
Se tudo que preciso é de paz e alegria, nas veredas desse norte
Ando forte, crendo no eterno vigor desse infindo paraíso
Onde eu te pesco e me fisgo, onde jamais haverá morte!