MEL DO AMOR
Devaneio que não sai de mim
Desejo fremente de lhe amar
Ternura que se derrama em mim
Teu olhar dentro do meu olhar.
Beijar cálido tua pele cetim
Sentir tua pele macia arrepiar
Tua alma nas terras do sem fim
Teu corpo de prazer levitar.
Entregue sobre os alvos lençóis
Meu olhar embevecido lhe desvela
Sobre a mesa viçosos girassóis
A lua imensa a entrar pela janela.
Nua e linda teu olhar me chama
O luar banhando tua nudez
Sussurras : vem poeta me ama
Me faz sentir o que ninguém fez.
Em teu corpo lasso eu me aninho
Entre tuas coxas a boca mora
Beijos de lânguidos carinhos
Sinto tua alma indo embora.
Teu corpo em lúbricos espasmos
Tua boca em gemidos roucos
Quero a plenitude dos orgasmos
Mel do amor beber aos poucos.
Quando então leve e extasiada
Me sorri feliz e agradecida
Direi que és a minha amada
E que vou te amar por toda vida.