Ícaro.

Como o luzeiro de Deus

Ilumina o firmamento:

Era assim que os lábios teus

Rebrilhavam, num momento,

Sobre o peito meu, contrito

E desejoso de amar!

Mas, qual Ícaro maldito

Não contente em orbitar

O divino, quis tocá-lo;

E, precoce, te beijei!

Hoje vejo que fui tolo

E asas nunca mais terei

Nem para orbitar

Nem para beijar.

Pedro Debreix
Enviado por Pedro Debreix em 22/05/2024
Código do texto: T8069095
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