Colo macio
Quem não gosta de um...
Colo gostoso... Macio e cheiroso
Que te coça... Acaricia e recolhe
Ah! Esse momento é tão precioso
As emoções revoltas... Acolhem!
Tudo aproxima e encosta no peito
Vira e revira... Reaviva ternuras
Faz de você um eterno menino
É show de bola em carícias
Os seios viram mamadeira
Abrigam e te viciam... Uma delicia
Dá cafuné... Coça teu pé... Tuas costas
Ah! Tudo ali aquieta e sossega
Onde a delicadeza mostra sua força
São instantes mágicos de entregas
Na presença maior do amor
Que não é um amor qualquer...
É o maior e melhor de todos
Doação sublime e mais pura
Não há nenhum outro sentido...
Que não o da plena doçura
Da mais guerreira bravura.
A doação corajosa e delicada
Que um ser pode oferecer
Tudo tão simples... Amoroso
Verdadeiro e valioso
Até penso que no lugar
Da explosão dos átomos...
No céu... Nas galáxias...
O mundo foi mesmo assim criado
Num colo divino e macio
Onde o vazio dos afetos e desafetos
Preenche-se repleto... Singular e plural
Complexo mosaico que une as partes
Formando seres completos... Perfeitos!
No retrato vivo da natural felicidade
Na sua plenitude mais bela
Emoldurada no toque sutil
De um singelo... Colo macio.
Hildebrando Menezes