Última carta de amor
Última carta de amor
Não são só palavras rabiscadas ao acaso
Nem linhas vazias sem direção,
Escrevo-lhe fragmentos de mim
Sentimentos ignorados por ti
Talvez inexistente no teu ser
Como posso te cobrar algo
Que só existe no meu coração
Pra te são só palavras!
Que o tempo, o vento, a chuva
Levará pra longe de ti
Sem qualquer ranhuras do sentir
Em mim o tempo não abrandará
O meu lamento...
Nem o vento esfriará o sentimento
Levando em grãos o sentir
A chuva de lágrimas no meu rosto um dia sessara
Não pela tristeza se omitir
Mais pela morte da ideia de amar
Do amor eu sepultar nessas palavras
Por te olhar nos olhos por todas as vezes que te disse
Eu te amo!
E a beleza deles ser a única coisa a existir...
Amor és um fardo num coração que morre aos poucos em pedaços a dor dilacera, como dói amar sem ser amado, sem nunca ser amado por ti.
São fragmentos da minha alma nessa missiva de dor ora amor que nesse esquife no meu peito sepultei enfim.
Não mais te amo...
Ricardo do Lago Matos