Cria

Num recanto de de poesia eu vou pra falar de ti.

Às vezes crio luares, poças de chuva e ternura.

Às vezes vou à lugares, ao teu abraço em loucura.

As vezes encontro teu colo, teu peito e o gosto do amor...

Mas em outras me recolho no insignificante vazio, no rascunho sem sentido, no nada num gesto frio.

Ah, como é bom quando eu crio o poema que é só teu.

Eu me deleito alegre, no embalo de seu sabor, crio o verso do seu canto, do nosso encontro macio, dueto de tom e cor.

Insisto na ousadia de escrever sobre nós... e quando gero uma cria, um encanto, uma magia tenha certeza infinita que jamais, nunquinha mais nessa vida, de novo... seremos sós!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 21/05/2024
Código do texto: T8067730
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