Cria
Num recanto de de poesia eu vou pra falar de ti.
Às vezes crio luares, poças de chuva e ternura.
Às vezes vou à lugares, ao teu abraço em loucura.
As vezes encontro teu colo, teu peito e o gosto do amor...
Mas em outras me recolho no insignificante vazio, no rascunho sem sentido, no nada num gesto frio.
Ah, como é bom quando eu crio o poema que é só teu.
Eu me deleito alegre, no embalo de seu sabor, crio o verso do seu canto, do nosso encontro macio, dueto de tom e cor.
Insisto na ousadia de escrever sobre nós... e quando gero uma cria, um encanto, uma magia tenha certeza infinita que jamais, nunquinha mais nessa vida, de novo... seremos sós!