Caminha no meu chão...
Sai das linhas da tua poesia.
Caminha no meu chão.
Pisa em minhas estradas.
Aqui, onde meus pés
dançam palavras
e rabiscam amor
em meus olhos de menina-mulher.
Adentra minha invisibilidade
com a força de um guerreiro
que jamais descansa
de suas lutas em busca do sonho.
Abre as três portas da tua vida
para que minhas mãos
possam caminhar em você
e te arrebatar
doze centímetros do chão
com o meu sentimento.
Sai de trás de tua muralha,
abraça a Vida que te olha com o sonho
que buscas em suas mãos...
Deixa os trinta e dois anos
de meninice pra trás...
amadurece...
enternece o olhar
para os lábios
que te alimentam o espírito
com o amor e a doçura
das tâmaras e cerejeiras...
dê início à sequência
do tempo dos tempos.
Ama! Eu amo!
Então, deixa-te ser amado!