Amor indefinido

O sentido do amor depende

Do temperamento de quem ama

Dos seus íntimos desejos

Dos seus sonhos, dos seus medos

Das suas crenças e esperanças

Um sentimento que é vítima e é réu

Que é espada e é escudo

É prisão e redenção

Morre na mente, mas no coração

Se renova a cada manhã

O amor é algoz e prisioneiro

Libertador e carcereiro

Ele atua e espera

Acalma e exagera

É refém de quem ama

De quem cuida e engana

Protege e dilacera!

O amor também é solidão

Introspectivo e profundo:

“A que ama B, que ama C...”

Não é controverso, é multiverso

"cada cabeça é um mundo"

É um vírus que infecta a alma

Que a perverte ou a redime

É próprio de quem o tem

É roupa que cabe, serve bem

Mas que, sobretudo, define!

É uma força que vem lá do céu

Instintivo, primitivo, visceral

Quebra as trancas, liberta

Mostra o espelho, revela

Não pode ser definido

Consente e é consentido

O amor pune e salva a Terra

JDO Oliveira
Enviado por JDO Oliveira em 20/05/2024
Código do texto: T8067293
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