VERSOS INOCENTES

Não devo sentir nada,

Mas fazes tanto te querer!

Sois tão intrigante que às vezes,

Paro a imaginar-me a contemplar-te,

E entender o quanto é difícil desvendar-te.

Teu nome é diferente,

Mas, certamente não o pronunciarei!

Num certo momento, sei que vou,

Lembrar-te, até mesmo sem querer.

Folhear as tuas páginas num livro seu,

Viver um personagem que criaste,

E debruçar de sua história sob as estrelas,

Manifestando seu esplendor e glória.

Beijar teu pescoço,

Enquanto os dias passam,

Indecifrável, são os teus olhos,

Quando tocam-me com ações.

Versos inocentes, e insistentes!

Ah, sim, de qualquer forma, eles são.

Como um perfume que não se acaba,

E desejos dos quais me afogam.

Componha em ti a canção,

Do qual transborda de verdade!

Realidade que não combina comigo,

Mas quero, ouvir-te novamente,

Nem que seja por ocasião.

Suspirar de languidez,

É por causa de um delírio,

Onde não estais sempre presente,

Nem posso te ajudar, sendo-te solicito.

Denuncio os meus pecados!

Para libertar-me do tempo que me assola.

Porque sei, o quanto ainda resisto,

Nesse meu vaivém, que rasga o peito.

Se a despedida é em silêncio, assim,

É melhor que fique cada vez mais distante,

Tudo quanto trazes de místico, e que agora, digo:-Vai!

Poema n.3.073/ n.44 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 18/05/2024
Código do texto: T8065799
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