Euforia da Virtude
Ó virtude pura, guia minh’alma,
Traz a paz que tanto almejo,
Num doce regaço de calma,
Onde repousa o meu ensejo.
Nas horas que o tempo generoso concede,
A bondade floresce sem cessar,
E ao coração, amor sincero cede,
A alegria de simplesmente amar.
Ó, como a luz das manhãs serenas,
Inunda-me o espírito de esperança,
E nos dias, em ternura plenas,
Regozijo-me com tua lembrança.
Ó lembrança, qual suave brisa,
Traz-me consolo na solidão,
E ao toque da tua mão precisa,
Ergo-me em júbilo, sem hesitação.
Minha alma vibra, serena, divina,
Buscando em teus olhos a verdade,
Que ao tocar-me, doce se inclina,
A amar na pura sinceridade.
Num mar de emoções, me encontro,
Navegante em curso certo e forte,
E no abraço da tua luz, confronto
Toda sombra que em mim teve sorte.
Ó virtude que me eleva e cura,
Doce balsamo de paz e amor,
És tu, musa minha, a figura
A quem consagro o mais puro fervor.
E assim, guiado por tuas mãos, destino,
Como flores ao sol, floresço,
Num êxtase sereno e divino,
Onde o amor é a vida que reconheço.