Frio
Frio
Há noites onde o frio invade a alma
Deixando o corpo entregue à solidão
À cabeça já nem pensa
Por medo...
Os ossos tremem numa aflição
Do desejo do teu corpo
Pelo calor do teu ser
Por esse teu cheiro
Nas pontas dos dedos te toco
Dedilho cada curva dela
Em silêncio na escuridão
Peço um beijo em sussurro
Só ouço disparar no meu peito
Meu tolo coração
Mesmo com o frio intenso da noite
Nem se incomoda, enfim
O que me tortura é olhar pra ela
Ali inerte ao meu lado
Banhada pela luz da lua
Tão maravilhosa ali deitada
Será que ela me ama?
Ou será um sonho acordado?
Fruto da realidade da minha ilusão
O frio, o silêncio, não dói
Que me mata é dizer eu te amo!
Ela dormindo ou acordada
Nem demonstrar emoção!
Como eu te amo!
Ela sabe...
Ricardo do Lago Matos