As Interrogações do Amor

No túmulo dos sonhos, ecoam perguntas,

Por que o amor, doce e amargo, machuca tanto?

Em seus braços, lágrimas se ocultam,

Numa dança triste, um lamento mudo.

O amor, faca de duas pontas, corta fundo,

Deixando cicatrizes na alma que nunca saram.

Por que ele escolhe matar, em vez de curar?

Um mistério sombrio que a mente não alcança.

Deveria ser um oásis de ternura e luz,

Mas tantas vezes se torna um abismo sem fim.

Por que esse sentimento bom às vezes se transforma,

Em tormenta que dilacera, que destroça?

Nas entrelinhas do coração, buscamos respostas,

Mas o amor, em sua complexidade, foge ao entendimento.

Talvez seja essa a sua beleza e maldição,

A dualidade que o torna tão humano, tão divino.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 10/05/2024
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