DEVIRES EXISTENCIAIS
Lágrimas que escorrem em segredo;
Desejos que se desfazem aos olhares alheios;
Talvez não estejamos aptos para a liberdade;
Luzes que outrora iluminavam caminhos e destinos;
Agora estamos entregues ao relento e perpétua escuridão;
Reféns de nossas escolhas e descaminhos;
Uma lápide que afunila corpos e almas;
Talvez o ilusório esteja nas escolhas inconclusivas;
Deletérios desejos que ofuscam o brilho de nossas faces;
Lápides que sepultaram desejos que outrora alimentavam nossas ações;
Decisões que nos moldaram para infindáveis abismos e descaminhos;
Sepultando paixões e destinos;
Corações desvanecidos;
Suspiros que outrora acendiam nossos corpos e paixões;
Agora estamos reféns de nossos passos para o abismo;
Que os mares venham lapidar nossos corpos e almas;
Desejos vulcânicos que encobriram nossas almas;
Jaz nos despimos de nossa inocência;
Lápides que sepultaram o desejo porvires inebriantes;
Jaz nos despimos de lágrimas que ofuscavam a luz de nosso olhares;
Uma luz em sua face;
Chamas que envolvem anseios e desejos;
Sepultando os passos de novas luzes existenciais;
Talvez o deletério de novos porvires;
Devam saciar a luz de nossas existências;
Perdidos e desconexos das chamas abismais;
Lapidados por crises existenciais;
Romantismos e existencialismos;
Uma chama para o abismo.