DEVIRES EXISTENCIAIS

Lágrimas que escorrem em segredo;

Desejos que se desfazem aos olhares alheios;

Talvez não estejamos aptos para a liberdade;

Luzes que outrora iluminavam caminhos e destinos;

Agora estamos entregues ao relento e perpétua escuridão;

Reféns de nossas escolhas e descaminhos;

Uma lápide que afunila corpos e almas;

Talvez o ilusório esteja nas escolhas inconclusivas;

Deletérios desejos que ofuscam o brilho de nossas faces;

Lápides que sepultaram desejos que outrora alimentavam nossas ações;

Decisões que nos moldaram para infindáveis abismos e descaminhos;

Sepultando paixões e destinos;

Corações desvanecidos;

Suspiros que outrora acendiam nossos corpos e paixões;

Agora estamos reféns de nossos passos para o abismo;

Que os mares venham lapidar nossos corpos e almas;

Desejos vulcânicos que encobriram nossas almas;

Jaz nos despimos de nossa inocência;

Lápides que sepultaram o desejo porvires inebriantes;

Jaz nos despimos de lágrimas que ofuscavam a luz de nosso olhares;

Uma luz em sua face;

Chamas que envolvem anseios e desejos;

Sepultando os passos de novas luzes existenciais;

Talvez o deletério de novos porvires;

Devam saciar a luz de nossas existências;

Perdidos e desconexos das chamas abismais;

Lapidados por crises existenciais;

Romantismos e existencialismos;

Uma chama para o abismo.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 10/05/2024
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