Finitude
Finitude
Já vejo a finitude, sombra que se desenha,
Na paisagem da vida, a sua linha estranha.
Como um rio que segue em seu curso sem fim,
A finitude se ergue, marcando o tempo em mim.
É como um sussurro suave, um toque de aviso,
Que nos lembra que o tempo é um bem preciso.
Cada momento, um tesouro a ser guardado,
Pois a finitude nos recorda que tudo é limitado.
Nos olhos do crepúsculo, a finitude se espelha,
Em cada pôr do sol, a memória se revela.
Mas é na aceitação desse fato incontornável,
Que encontramos a paz, no presente, inabalável.
Então, diante da finitude, ergo-me com vigor,
Celebrando cada instante, cada sopro de amor.
Pois mesmo na sombra que a finitude lança,
Há beleza na jornada, na dança da esperança.
Que ao fim dos dias, quando a luz se desfaça,
Eu possa sorrir, em paz, pela vida que passa.
Pois na consciência da finitude, encontro a liberdade,
Para viver cada momento com intensidade e verdade.
Zezé Libardi