Insônia
Insônia
Na quietude da noite, ela se faz presente,
A insônia, companheira constante e ardente.
Sussurra nos ouvidos, sem pedir licença,
Tece teias de pensamentos, sem clemência.
Entre lençóis frios, me enlaça em seu abraço,
Esgota minhas forças, meu doce cansaço.
No silêncio da madrugada, sou apenas eu e ela,
Navegando nas sombras de uma noite sem janela.
As horas se arrastam, os ponteiros não cessam,
Enquanto a mente vagueia, os sonhos desaparecem.
Desenho versos e rimas nas paredes da mente,
Mas o sono se esquiva, impiedosamente.
A insônia, misteriosa e cruel,
Desafia o tempo, desafia o papel.
Em seu domínio, sou apenas um sonhador perdido,
Em busca da paz que me é roubada neste enredo.
No entanto, ao raiar da aurora, ela enfim se dissipa,
Deixando-me exausto, mas ainda assim vivo.
E enquanto o sol desponta no horizonte distante,
Zezé Libardi