Analista do amor
Nunca pensei ser psicanalista...
Uma mina sentou no meu divã
Depois da noite, veio o amanhã
Numa enquete de toda sua vida
A menina no tempo que estudava
Faltava as aulas para ir ao cinema
A sua deliciosa boca era disputada
Um colega foi o único a beijar Helena
Aquela menina pacata do interior
Sob da notícia da morte de Orfeu
Foi seu verdadeiro e eterno amor
Casou c'outro, foi morar no breu
Com a sua paixão, vivia a sonhar
O rapaz tinha um papo atrapalhado
Era um bardo, careca e meio gago
Sem ele, ela nunca mais soube amar
Num só beijo, ela lacrou seu amor!
Chegou a visitar seu lar no cemitério
Sua morte até hoje, ainda é mistério!
No seu túmulo, flores ela depositou
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