A um rio de mistérios ...
Seus rastos as flores
As lágrimas erva
Se ela é o rio
Sou vida desperta:
Quem quer que caminha,
Se amor ( desabrocha )
Se olhares ( aninha )
Se a morte ( ela aporta )
Folhas testemunhas
e troncos desertos
escondem-na, vestes,
quem chamam "inverno"
Vem a terra e a brinda
Vem o vento e a agita
"Espelho da lua
Que envolve a colina!"
Traçando ela os passos
(Com)passos de vida
Faz flores dos lábios
Que as águas destina ...
( O rio envenenado traz a morte, mas o rio que cuida de suas próprias águas alimenta a vida: quando estamos bem, tudo ao nosso redor está também. O seio da vida deve primeiro ser vida, só assim poderá alimentar, só assim poderá amar. )